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Desde que o bilionário Ellon Musk comprou o Twitter pela “pequena” bagatela de 44 bilhões de dólares, a rede social vem passando por várias mudanças, o que permitiu a revelação de informações espantosas, como a política clandestina de banimento/restrição de perfis conservadores.
Como se isso já não bastasse, segundo o jornalista Leonardo Dias, também foi revelado que a plataforma de mídia tolerava a propagação de pornografia infantil através de perfis criminosos. Cerca de 95% deles foram criados antes da aquisição da ferramenta por Musk.
“O Twitter tinha mais de 10.000.000 de views de conteúdo de pornografia infantil negligenciada pelo antigo Twitter. Havia contas desde 2017”, informa Dias, se referindo à administração anterior da rede social.
Censura clandestina
Além da tolerância velada aos conteúdos de suposta pornografia infantil, o Twitter mantinha uma espécie de lista secreta com nomes a serem banidos ou restringidos na plataforma.
Basicamente, a rede social limitava o alcance desses perfis, impedia que os seus posts se tornassem virais e não deixava que fossem encontrados em pesquisas dentro da ferramenta. Tendências de assuntos considerados inconvenientes aos olhos dos administradores também eram suprimidos.
Apesar de alguns alvos serem da esquerda política, a maioria esmagadora dos perfis censurados era da direita conservadora. “Trump foi banido após conversas sem sentido para criar justificativas bobas para sua remoção”, disse Dias.
“O time de C&S era muito bom em banir conservadores, mas péssimo em banir perfis que espalhavam pornografia infantil”, destacou o jornalista. O Canal Tech, especializado em conteúdo digital e tecnologia, também citou a divulgação dessas informações por parte da jornalista Bari Weiss, editora da rede social.
“Uma nova investigação #TwitterFiles revela que equipes de funcionários do Twitter constroem ‘listas paralelas’, evitam que tuítes ‘negativos’ se tornem tendências e limitam ativamente a visibilidade de contas inteiras ou mesmo tópicos de tendências — tudo em segredo, sem informar os usuários”, disse ela em seu próprio perfil.
Todas essas informações, que estão sendo chamadas agora de “Twitter Files”, ou “Twittergate”, só vieram à tona graças a decisão de Ellon Musk de revelar o conteúdo de documentos internos da empresa, parte deles emails trocados entre os funcionários do alto escalão da rede.
A expectativa dos conservadores, agora, é de que a liberdade de expressão seja finalmente respeitada pelo “novo” Twitter, e que isso possa impactar no comportamento das outras gigantes de comunicação, como a Meta, proprietária do Facebook e Instagram.
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