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A perseguição ideológica a estudantes evangélicos nas universidades públicas e privadas está agravando rapidamente. É o que contam alguns dos alunos e líderes de grupos estudantis que atuam nessas instituições.
Apesar do ambiente universitário ter como principal objetivo o ensino, o que implica na necessidade do livre debate e respeito às diferentes visões de mundo, este local tem se transformado, ao longo dos anos, em espaços de militância político-ideológica.
“Alguns pensam que são todos de ‘extrema-direita’, fascistas, homofóbicos, machistas e por aí vai. Mas há um tempo o que estava em pauta era que éramos burros, iletrados, sem recursos, e que nossos pastores eram ladrões”, contou Pedro Mantovan, líder da Rede Universitária, uma organização de grupos cristãos que atuam em células e está presente em 20 universidades do país.
A perseguição relatada está longe de ser circunstancial. Gerada por uma onda de ignorância e preconceito, muitos persecutores desconhecem ou ignoram o fato de que grande parte da evolução científica só ocorreu graças à atuação de cientistas cristãos do passado e do presente, como Johann Mendel, Isaac Newton, Galileu Galiei, Francis Collins, Michael Behe e dezenas de outros.
De acordo com alguns estudantes que não quiseram se identificar por medo de represálias, a intolerância também parte dos professores. Um deles, por exemplo, contou à Gazeta do Povo que uma docente tentou acabar com uma célula cristã em sua universidade.
Ela, segundo o aluno, “foi até o diretor do curso e disse que nós não devíamos ficar depois da aula tocando violão. Por um mês conseguiram barrar a gente, mas falamos com o reitor e conseguimos voltar”.
“Ela colocava assuntos na sala para questionar e debater. Eu e meu colega sempre éramos contrários aos pensamentos dela. Mas quem era contra a opinião dela, ela descontava nota ou tentava prejudicar de alguma maneira”, completou o estudante evangélico.
Politização
A politização do ensino é o que parece estar mais afetando o ensino universitário, o que é extremamente grave, uma vez que isso significa substituir a formação do pensamento científico pelo ideológico.
E isto se reflete na formação de uma visão cada vez mais intolerante por parte dos novos alunos. Uma estudante relatou, por exemplo, que uma colega de classe afirmou taxativamente que “todas as pessoas que defendem o sistema de família judaico-cristã têm que morrer”.
Para a surpresa da estudante evangélica, a aluna recebeu o apoio de outros colegas e a direção da universidade não tomou qualquer providência com relação a esse discurso de ódio e discriminação. Em vez de ser apoiada, a cristã passou a ser perseguida por ter feito a denúncia.
“Ninguém me cumprimenta, nem fala comigo mais. Imagina se alguém falar que ‘todo mundo que é nordestino tem que morrer’? A pessoa seria presa, porque é um discurso de ódio. Mas quem fala que ‘toda pessoa que defende o sistema de família judaico-cristã tem que morrer’ é liberdade de expressão”, criticou a evangélica.
Testemunho firme
Felizmente, milhões de alunos evangélicos têm reagido à perseguição nas universidades. São estudantes que integram grupos como a Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo, a Cru, uma organização que tem 25 mil missionários e 200 mil voluntários em 190 países.
O objetivo desses alunos cristãos é mostrar que a fé não é oposta à ciência, muito menos a ciência à fé, e que é perfeitamente coerente seguir a Jesus Cristo e ser um profissional de excelente em qualquer área de atuação.
Mas, ainda assim, para Gilberlei Oliveira, um dos diretores nacionais da Cru Brasil, a hostilização contra os estudantes evangélicos nas universidades tem crescido e deve ser motivo de preocupação.
“Observo com preocupação que há uma escalada da hostilidade contra os evangélicos atualmente”, disse ele, atribuindo à politização de viés esquerdista a maior responsabilidade por essa realidade.
“Artigos têm sido escritos, manchetes produzidas e notícias vêm sendo manipuladas para atribuir aos evangélicos a responsabilidade pelo que se chama de ‘atos golpistas, terroristas e antidemocráticos’”.
Mantovan, por sua vez, deixa claro que o movimento dos estudantes universitários evangélicos não tem a ver com política, mas com declaração de fé. “Nós apoiamos as ideologias bíblicas cristãs, estejam elas na direita ou na esquerda. E nós não apoiamos as ideologias anti-bíblicas e anti-cristãs, estejam elas na direita ou na esquerda”, diz ele.
.Creditos: Gospe +