Tiago Santos aponta, por exemplo, que o desvio em relação ao verdadeiro significado do Natal não diz respeito apenas à figura de Papai Noel. Segundo o pastor, ele também está em “um certo cinismo por detrás do consumismo inebriante que vemos nas ruas.”

Ou seja, no fato da celebração ser usada como justificativa para o consumismo. “Por outro lado, o natal passou a ser uma festa que confunde mitos com verdade, realidade com fantasia”, explica o pastor, dessa vez se referindo à lenda do velho de barba branca que passa nas casas distribuindo presentes com o seu trenó mágico.

“Não que isso signifique muita coisa para a nossa sociedade pós-cristã. Hoje, curiosamente, vivemos um ‘Natal’ despersonalizado. O nascimento de um bebê sem o bebê, sem Jesus”, diz Santos.

Esperança em quê?

Outro aspecto abordado por Tiago Santos quanto ao real significado do Natal, diz respeito ao modo como muitos celebram o aniversário de Jesus de forma esvaziada. Isto é, distante dos efeitos que o seu nascimento produz na vida dos que realmente o seguem.

Em outras palavras, fala-se de amor, esperança, paz e prosperidade, mas de forma genérica, dissociada da pessoa de Jesus Cristo, como se o Natal canalizasse uma espécie de “energia positiva” para os festivos.

“Aquele que deu – e dá – sentido verdadeiro e real a cada uma desses valores e aspirações do ser humano é deixado de lado. É uma mensagem sem autor e isso é um contrassenso, chega a ser um absurdo, mas é assim que as coisas estão”, explica Santos.

O real sentido do Natal

O pastor Tiago Santos, por fim, conclui a sua reflexão fazendo uma exortação para que os cristãos se detenham ao verdadeiro significado do Natal. “O cristão faz muito bem em celebrar a natividade”, diz ele.

“O natal cristão, nos oferece a oportunidade de contemplarmos algumas das maiores maravilhas, dos maiores milagres da história da humanidade: Deus descendo ao mundo e revestindo-se de nossa humanidade.”

De acordo com o pastor, o texto bíblico que sintetiza o sentido do nascimento do Messias está em Mateis 1:21, que diz: “E lhe porás o nome Jesus, porque ele livrará o seu povo dos pecados deles.” Para Santos, este “é o motivo porque foi preciso que Deus se fizesse homem: a salvação do seu povo.”

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