Outubro 16, 2024
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Justiça condena empresa a recontratar comissária cristã demitida após se opor ao aborto Featured

Justiça condena empresa a recontratar comissária cristã demitida após se opor ao aborto Cegonha (Foto: Reprodução/Canva)

 

 

Um juiz federal do norte do Texas ordenou que a companhia aérea Southwest Airlines readmitisse uma comissária de bordo que foi demitida injustamente por expor suas opiniões contra o aborto.

Em julho último, a Justiça já havia condenado a empresa sediada em Dallas, no Texas (EUA), a indenizar a comissária de bordo cristã Charlene Carter em mais de US$ 5 milhões. Agora, o juiz distrital Brantley Starr adequou a sentença à legislação federal, reduzindo a indenização para US$ 800 mil, mas obrigado a empresa a recontrata-la.

O juiz determinou que a empresa reintegre a comissária. Ela foi demitida após tecer críticas ao apoio da então presidente do Sindicado dos Trabalhadores em Transportes ao movimento feminista.

Parte da indenização se refere a US$ 150 mil em salários atrasados. A redução da indenização atende parâmetros da lei federal de discriminação, que limita os danos que as empresas podem pagar nesses casos:

A comissária foi demitida em março de 2017, depois de enviar mensagens à sindicalista Audrey Stone, a quem chamou de “desprezível” por participar da Marcha das Mulheres em Washington, DC, no início daquele ano, segundo informações do The Dallas Morning News.

“Isso é o que você apoiou durante sua licença remunerada com outras pessoas na Marcha das Mulheres em DC […] Você realmente é desprezível de muitas maneiras”, escreveu a comissária numa mensagem no Facebook para a sindicalista, de acordo com os autos do processo.

O argumento de Charlene é que Audrey Stone e o sindicato não deveriam apoiar um evento que incluísse entidades como a rede de clínicas abortistas Planned Parenthood.

Audrey Stone nunca respondeu às mensagens no Facebook, mas Charlene foi informada pela administração da Southwest que ela deveria comparecer a uma reunião obrigatória sobre o assunto depois das várias reclamações que fez.

A comissária de bordo argumentou que a legislação que rege os acordos trabalhistas nas companhias aéreas permite seu envolvimento em “discurso e atividade” de oposição ao sindicato.

O Comitê Nacional de Direito ao Trabalho, um grupo antissindical, representou Charlene através de uma equipe jurídica que vem tentando derrubar a filiação sindical obrigatória e as taxas cobradas dos trabalhadores, e afirmou que Charlene teve sua liberdade religiosa violada pelo sindicato.

 

 

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Last modified on Sexta, 09 Dezembro 2022 13:26