Novembro 23, 2024
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O Espírito Santo Consolador: a promessa, o cumprimento e importância Featured

O Espírito Santo Consolador: a promessa, o cumprimento e importância Espírito Santo (Foto: Michel Kwan/Pixabay)

A promessa do Consolador está intimamente ligada à inauguração da Igreja.

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.”  João 14.16,17

A promessa do Consolador feita pelo Senhor Jesus na última ceia, retrata uma preocupação do Mestre em relação a sua ausência que seria sentida pelos seus discípulos, logo após a sua subida aos céus. Deus estava habitando entre os homens na pessoa do seu Filho (lembremos que um de seus nomes é EMANUEL que quer dizer: Deus Conosco). E agora, o Senhor Jesus promete que aquele que seria enviado, habitaria com eles e estaria neles, perceba que essa é uma promessa exclusiva para os discípulos de Jesus e para aqueles que viessem a crer nele como o unigênito Filho de Deus. Ele chega a afirmar que o mundo não pode receber o Consolador “porque não no vê, nem o conhece”.  O Evangelista Lucas também relata em Atos dos Apóstolos essa promessa: “E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes.” (At 1.4).

O cumprimento da Promessa se deu por ocasião da data da festa judaica do Pentecostes, quando todos os discípulos de maneira obediente estavam reunidos no mesmo lugar, em um cenáculo na cidade de Jerusalém e então o Espírito fora derramado sobre eles, diz o texto sagrado: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo.” (At 2.4).

A promessa do Consolador está intimamente ligada à inauguração da Igreja (do grego ekklesia = chamados para fora). Jesus afirmou: “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim” (Jo 15.26). O Senhor Jesus enviaria uma pessoa que tivesse a mesma essência que a sua, testificando de si e continuando a sua obra, ou seja, a Igreja que foi fundada por ele seria inaugurada pela pessoa do Espírito Santo.

Seria imprescindível para aquela comunidade que estava nascendo com o nome de Igreja, que o seu Senhor estivesse habitando com eles, pois, do contrário seu avanço seria interrompido de forma precoce, eles não poderiam subsistir sozinhos, e é justamente aí que compreendemos a importância da presença do Espírito Santo com eles. A presença do Espírito foi como um combustível necessário para aquela grande estrutura espiritual que nascia.

Quando analisamos um pouco mais a vinda do Espírito Santo, vemos que as suas atividades não estavam somente relacionadas no sentido de prover da sua presença e consolo aos discípulos, mas também em convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo de Deus (Jo 16.8).

A humanidade precisava saber que a vinda de Jesus e o seu plano salvífico que se cumpriu na sua morte e ressurreição, seriam sucedidos por outros acontecimentos que viriam depois, as pessoas em toda a terra independente da sua condição cultural e social iriam ouvir através da mensagem pregada pela Igreja, que os seus pecados seriam confrontados pela mensagem daquele que padeceu e morreu por eles. O convencimento trazido pelo Espírito Santo foi tão marcante nos primeiros ouvintes, que na primeira pregação do apóstolo Pedro no dia de Pentecostes, cerca de três mil almas se converteram, no discurso subsequente, este no templo, o livro de Atos relata que o número de pessoas chegaram a quase cinco mil almas que creram na mensagem do Evangelho.

Essa avalanche de pessoas, essa multidão de almas alcançadas pela mensagem do Evangelho, numa época onde o legalismo judaico imperava com fortes raízes, é resultado da ação poderosa do Espírito Santo na vida daquelas pessoas.

Uma característica marcante nessa Igreja do 1º século é que os crentes eram cheios do Espírito Santo e buscavam continuamente estarem cheios do Espírito Santo.

Aqui quero trazer à tona um fato importante que se deu na inauguração da igreja, no cumprimento da promessa do Senhor ao enviar o Consolador, o texto sagrado diz: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo.” (At 2.4).

Encontramos por várias vezes no relato lucano em Atos dos Apóstolos que os cristãos eram cheios do Espírito Santo, vejamos alguns exemplos:

At 2.4 – Na descida do Espírito (na inauguração da Igreja): “Todos ficaram cheios do Espírito Santo…”

At 4.8 – Pedro perante o Sinédrio: “Então, Pedro, cheio do Espírito Santo…”

At 6.3 – O critério para escolha dos primeiros diáconos: “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito …”

At 7.55 – Estevão o 1º mártir da igreja: “Mas Estevão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e via a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita”

At 9.17 – Paulo o grande Apóstolo dos gentios: “…Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo”

E porque a Igreja hoje deve continuar cheia do Espírito Santo? Quais os benefícios de a Igreja ser cheia do Espírito Santo?

1º) Ela suporta as perseguições:

“Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.” (1Pe 4.14)

2º) Ela é intrépida e ousada no anúncio da Palavra de Deus:

“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus”. (At 4.12,13)

“pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos”.     (At 4.20)

3º) Ela vence os desejos carnais deste mundo que vêm contra ela:

“Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.

Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.

Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.

Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Rm 8.5-9)

4º) Ela é ajudada em suas fraquezas:

“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.” (Rm 8.26-27)

5º) Ela sente um desejo pelas coisas do porvir, pela vida eterna:

“O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.”

(Rm 8.16-18)

Conclusão

Querido leitor, hoje não pode ser diferente, pois o Espírito que foi derramado no dia de Pentecostes é o mesmo que está na Igreja hoje! O Espírito que habitava nos autores sagrados do Novo Testamento é o mesmo que está em nós hoje! O texto sagrado nos afirma: “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar” (At 2.39). Voltemos ao cenáculo enquanto há tempo, essa promessa é para você, e para mim!

Fonte: https://www.gospelprime.com.br

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Last modified on Terça, 15 Dezembro 2020 19:10