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Se eu crio luz para beneficiar uma outra pessoa, eu também sou iluminado!
Esta semana teremos milhares de casas com velas acesas para celebrar a festa das luzes, chamada Hanukkah, que significa: Dedicação. A celebração de Hanukkah nasceu no período denominado Inter bíblico por volta do ano 164 AEC.
Hanukkah é recordada não só pelo milagre das luzes do óleo queimando no Templo, mas também pelo milagre de trazer luz ao mundo em uma época de trevas e escuridão.
Em meu livro “Manifestando a vida de Deus”, trabalho um conceito de trevas da seguinte forma: É possível que haja um equívoco em nossa concepção do conceito de trevas? De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa Michaelis, treva significa “ausência completa de luz; escuridão absoluta; tênebra”. Tratando-se de testemunhar o Reino do Pai, eis aqui exatamente a questão que nos tem feito ineficazes como sacerdotes da Nova Aliança.
Albert Einstein definiu que escuridão é apenas ausência da luz. Sua teoria se firmava da seguinte forma:
“Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim? Portanto, a escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.” (Albert Einstein)
Por isso considero interessante pensarmos primeiramente o que não é luz, ou seja: a escuridão. Assim podemos pensar melhor sobre o “mal” não como algo concreto, mas sim como consequência da falta da manifestação do bem. Afinal, lembremos que um pequeno ponto de luz faz dissipar a totalidade das “trevas”. Um trecho das Escrituras que nos leva à reflexão sobre este tema é a nona praga do Egito.
“E Moisés estendeu a sua mão para o céu, e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias. Não viu um ao outro, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias; mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações.” (Êxodo 10:22,23)
Havia luz nas habitações dos filhos de Israel, mas os egípcios tinham ausência de luz. Os sábios da Torá nos falam que a expressão “não viu um ao outro” era uma característica própria do povo egípcio que se fortaleceu nos dias de trevas, ninguém ajudava ao próximo e cada um cuidava de si mesmo. Não apenas as trevas que cobriram os céus havia deixado o Egito em grande escuridão, mas sim as trevas que já havia em seus corações.
As luzes de Hanukkah funcionam como um símbolo. O povo judeu estava em um dos seus piores momentos. Era a época da revolta dos Macabeus. A guerra civil e revolucionária foi uma questão de sobrevivência diante do caos. Pode-se fazer uma analogia com o pequeno recipiente de óleo, sendo um símbolo da exaustão do povo judeu. Assolados por diversos inimigos poderosos tanto dentro quanto fora do país, proibidos de celebrar o shabat, as festas, e se declararem judeus, em dúvida quanto a seu próprio futuro e questionando-se sobre seu valor com uma pequena presença perante a aparente imensidão e grandeza dos outros povos e costumes.
Naquele cenário e circunstâncias desfavoráveis, encontrar um frasco contendo óleo não profanado e não adulterado, foi um êxtase espiritual. No entanto é claro que percebendo a quantidade do óleo eles se preocuparam com a durabilidade das chamas e das luzes que podiam permanecer acesas na consagração do templo profanado.
Porém mais tarde, quando os judeus descobriram que esta quantidade tão pequena de óleo podia sobreviver, crescer e tornar-se uma fonte de energia e uma chama da liberdade, não poderiam deixar de lembrar desses dias com alegria.
A luz produzida pelo pequeno frasco de óleo, foi uma fonte de esperança para o futuro, foi mais instrutiva e inspiradora do que o heroísmo das batalhas travadas. Para os judeus nos antigos guetos escuros e estreitos, as velas trazem uma mensagem gratificante, que faz acender o brilho em seus corações.
Diante das lutas que vencemos não podemos nos render a nostalgia nos lembrando apenas da opressão, mas sim em Espírito celebrar a luz interior que nos alcançou.
“No Judaísmo o ato de acender uma vela é rico em simbolismos. Existem atos que fazemos unicamente para nós e outros que podem ser inteiramente altruístas. Gerar luz no entanto, não segue tais limitações. Eu posso acender uma luz para mim mesmo, mas eu não posso conter a luz, porque ela necessariamente iluminará todo o recinto.”
Se eu crio luz para beneficiar uma outra pessoa, eu também sou iluminado!
Que as velas das nossas hanukkiás estes dias sejam apenas reflexo da Luz que estamos carregando.
Fonte: https://www.gospelprime.com.br