Outubro 16, 2024
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Deputada sobre o TikTok: ‘A China quer criar um Estado totalitário tecnológico’ Featured

Deputada sobre o TikTok: ‘A China quer criar um Estado totalitário tecnológico’ Cegonha (Foto: Reprodução/Canva)

Presidente do Comitê de Relações Exteriores do Reino Unido e membro do Partido Conservador, Alicia Alexandra Martha Kearns veio a público para fazer um preocupante alerta sobre a suposta intenção do Partido Comunista da China de criar um “Estado totalitário tecnológico”, segundo ela, utilizando plataformas como o TikTok.

Ferramentas de mídias sociais como o TikTok, segundo a congressista britânica, estariam sendo utilizadas para coletar dados dos usuários, os quais serviriam para armazenar e formar uma grande rede de dados, os quais poderão ser utilizados, supostamente, para fins de controle social.

“Temos evidências de que o TikTok foi usado para rastrear fontes para jornalistas. Todos deveriam se preocupar com isso”, disse ela durante uma entrevista ao programa Sophy Ridge On Sunday, da emissora de TV Sky News.

Criado pelo bilionário chinês Zhang Yiming, que prometeu colaborar com a visão política do Partido Comunista da China, o aplicativo de vídeos curto confirmou o acesso aos dados, mas negou que estivesse cometendo violações.

Segundo o TikTok, o objetivo da coleta de dados seria para aumentar a segurança dos usuários, mas de forma limitada. Alicia, no entanto, não aceitou as alegações e disse que o grande objetivo da China é construir “um Estado totalitário tecnológico” com base nas informações coletadas por essa e outras redes.

“Portanto, temos de levar muito mais a sério a nossa proteção”, afirmou a congressista. A preocupação de Alicia não é isolada. Em 2020 o governo da Índia, por exemplo, baniu o TikTok e outros aplicativos chineses do país sob a justificativa de segurança nacional.

Por mais que os aplicativos chineses sejam de propriedade de empresas/pessoas, eles não funcionam sem algum tipo de controle indireto por parte do Partido Comunista chinês, sendo esse o grande motivo de preocupação.

Megan Prangley, especialista do think tank de segurança nacional Henry Jackson Society, explicou que, por exemplo, no caso do TikTok, a plataforma possui um “Comitê Interno no Partido Comunista Chinês”, o que significa que o acesso do governo aos dados dos usuários é uma possiblidade  “extremamente alta”, informou a Oeste.

Ameaça mundial

Curiosamente, mas não por acaso, um relatório do encontro deste ano da Cúpula Internacional da Liberdade Religiosa (IRF, sigla em inglês), classificou a China como a maior ameaça global da atualidade.

Sam Brownback, ex-embaixador geral da liberdade religiosa internacional, explicou que o grande motivo dessa preocupação é justamente o que parece ser uma política expansionista do regime chinês por meio da tecnologia.

.Creditos: Gospe+

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Last modified on Sexta, 24 Fevereiro 2023 21:40