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No último dia 19 desse mês, o ditador socialista Nicolás Maduro, da Venezuela, anunciou uma proposta que visa, supostamente, facilitar o acesso das igrejas cristãs a recursos financeiros para a realização de obras em seus templos. A medida, contudo, vem criticada por um grupo de evangélicos.
Intitulado “Minha Igreja Bem Equipada”, a proposta do ditador foi anunciada inicialmente para um grupo chamado Movimento Cristão Evangélico pela Venezuela (MOCEV), que é mais alinhado ao governo e não é reconhecido por pastores de denominações pentecostais e tradicionais do país.
Além de oferecer recursos para a reforma dos templos, Maduro também afirmou que os líderes religiosos teriam espaços na televisão e nas rádios do país. A iniciativa é um esforço do governo que vem sendo implementado há anos, tudo como forma de tentar atrair o apoio dos evangélicos.
Em 2019, por exemplo, o ditador socialista anunciou a criação da Universidade Teológica Evangélica da Venezuela, e instituiu o Dia Nacional do Pastor, “comemorado” em 15 de janeiro.
Politização da fé
Se, por um lado, os evangélicos de viés esquerdistas gostaram do “Minha Igreja bem Equipada”, por outro, os que integram o Conselho Evangélico da Venezuela (CEV), um grupo que faz parte da Aliança Evangélica Mundial, repudiaram a proposta.
“A CEV não fez e não fará nenhum pedido de recursos administrados por órgãos governamentais para cobrir despesas com a construção de templos, organização de eventos religiosos ou aquisição de igrejas suprimentos, pois esta é responsabilidade dos membros da igreja e seus doadores, e assumimos que isso deve valer para qualquer outra instituição religiosa”, disse o grupo em um comunicado.
Os evangélicos da CEV argumentaram ainda que a proposta do ditador Maduro seria uma tentativa de “politizar a fé” cristã”, como se estivesse querendo comprar o apoio das igrejas em prol do seu governo.
Eles também lembraram que a medida viola a separação entre Igreja e Estado, condenando o “forte componente político-partidário nos anúncios feitos na quinta-feira, 19”.
“Somos coerentes com o princípio da separação entre Igreja e Estado e, nesse sentido, acreditamos que não devem ser disponibilizados fundos públicos para a promoção de determinados credos religiosos ou ideológicos”, diz o grupo.
“A politização da fé nunca será símbolo de força, mas de fraqueza. A alma evangélica não está à venda , já foi comprada por um preço infinito”, conclui a CEV, segundo informações do Evangelical Focus.
.Creditos: Gospel+