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O pastor e empresário Silas Malafaia reagiu ao pronunciamento da nova ministra da Saúde, nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que durante a sua posse na segunda-feira (2) afirmou que revogará decretos do governo Bolsonaro contrários ao aborto no Brasil.
Malafaia lembrou que Lula, em uma carta dirigida aos evangélicos, afirmou que o seu governo não promoveria a pauta do aborto, defendendo a vida plena em todas as suas fases.
“Foi mais rápido do que eu pensava”, disse Malafaia. “Lembra da campanha eleitoral, que o Lula falou que a pauta da família era atrasada e que toda mulher tinha direito aborto e não ter vergonha?“
“Quando ele viu a burrada que falou, porque a maioria do povo brasileiro é contra o aborto, como é mentiroso, cínico e faz tudo para enganar o povo para os seus interesses, mudou o discurso e ainda teve a cara de pau de escrever uma carta para os evangélicos”, disparou o pastor.
“Negacionista"
Em seu discurso, porém, a nova ministra da Saúde, Nísia Trindade, já tratou de dizer que revogará as portarias pró-vida estabelecidas pelo governo Bolsonaro, dizendo elas refletem a pauta de uma agenda “conservadora e negacionista”.
Segundo Trindade, as portarias “ofendem a ciência, os direitos humanos, os direitos sexuais e reprodutivos e que transforma várias posições do Ministério da Saúde em uma agenda conservadora e negacionista”.
A expressão “direitos sexuais e reprodutivos” é uma das referências usadas pelos progressistas para se referir ao aborto. Em sua crítica, Malafaia também criticou os evangélicos que votaram em Lula e expôs referências bíblicas que demonstram a defesa da vida desde a concepção.
Além de Nísia Trindade, quem também já deu indicativos de que o governo Lula defenderá o acesso ao aborto como política de saúde reprodutiva foi a nova ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Cida Gonçalves.
Em uma entrevista para a CNN Brasil, ela defendeu o aborto legal e disse que, junto à ministra da Saúde, pretende “discutir a saúde pública da mulher, o acesso ao planejamento familiar, a saúde reprodutiva da mulher como um todo.”
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