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O professor cristão Enoch Burke continua enfrentando a tirania ideológica do Estado da Irlanda contra o seu direito à liberdade de expressão, consciência e fé. Da prisão, ele gravou um vídeo fazendo um apelo ao juizado de Dublin pedindo por liberdade, mas até o momento sem sucesso.
Burke foi parar na prisão após se recusar a cumprir uma ordem judicial para adequar o uso da sua linguagem aos alunos transgêneros da Wilson’s Hospital School, onde ensina alemão, história e política.
Para o professor, chamar uma aluna do sexo feminino, por exemplo, de “ele”, em vez de “ela”, é algo que vai de encontro aos seus princípios cristãos, tendo em vista a realidade biológica dos sexos macho e fêmea, conforme a criação de Deus.
“O transgenerismo é contra minha crença cristã. É contrário às Escrituras, contrário ao sistema de valores da Igreja da Irlanda e da minha escola. Minhas crenças religiosas não são ‘má conduta’, nunca serão”, disse Burke em sua defesa.
O docente argumenta que não poderá abrir mão das suas convicções por causa do modo como outros da sociedade querem que ele enxergue as coisas de outro jeito. “Eu nunca vou negá-las e nunca traí-las, e nunca vou me curvar a uma ordem que exija que eu faça isso”, declarou o docente.
Ditadura do pensamento
O professor cristão disse no vídeo em apelo ao tribunal de Dublin que não é um “ladrão”, muito menos um “assassino” para estar preso. O juiz responsável pelo caso ainda não decidiu se vai liberá-lo ou não, mas enquanto isso ele continua detido.
Rosemary Mallon, representante jurídica da escola onde o docente trabalha, lembrou que Burke poderá sair da prisão a qualquer momento, desde que abra mão da fidelidade aos seus princípios para se adequar à determinação judicial a respeito da política de tratamento aos transgêneros.
“O sr. Burke decidiu não obedecer às ordens deste honorável tribunal”, disse ela, segundo informações do Daily Mail. “Se essa ordem for atendida, ele voltará para a sala de aula”, completou Mallon, em aparente tom de chantagem.
Burke, por sua vez, está convicto de que não cometeu nenhuma ilegalidade capaz de justificar a sua permanência da prisão, mas que apenas se posicionou de acordo com os seus valores e fé cristã.
“A suspensão e a ação movida contra mim pela escola não são razoáveis, são injustas e ilegais. A liberdade de consciência e a liberdade de religião estão consagradas na constituição irlandesa”, conclui o professor cristão.
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