As congregações da Igreja Reformada do Cantão de Vaud (EERV), denominação sediada em Lausanne, definiram em um sínodo que se juntaria às outras Igrejas protestantes cantonais da Igreja Evangélica Reformada da Suíça (a histórica igreja estatal protestante do país) para oferecer um “serviço de bênção de casamento” neutro.

Havia uma minoria teologicamente conservadora, que foi derrotada no sínodo. A maioria votou pela alteração de sete artigos de seus regulamentos para garantir que, a partir de agora, todos os casamentos civis sejam abençoados em suas igrejas, inclusive os formados por homossexuais.

Um dos argumentos para avançar para uma teologia mais liberal era seguir a linha da aprovação pelo parlamento federal suíço de uniões entre pessoas do mesmo sexo, incluindo adoção de crianças, em setembro de 2021.

De acordo com informações do portal Evangelical Focus, o sínodo discutiu uma “cláusula de consciência” para ministros que rejeitarem abençoar uniões LGBT. No caso de um sacerdote da Igreja se recusar a realizar a cerimônia, outro – que seja favorável – será indicado para conduzir a cerimônia.

Entretanto, durante o debate do sínodo, foi levantada a dúvida sobre a hipótese de um ministro protestante que se recusar a celebrar a união de pessoas do mesmo sexo ser processado.

Um estudo jurídico da Universidade de Basel concluiu que processos criminais abertos contra ministros protestantes que se recusaram a abençoar casamentos entre pessoas do mesmo sexo não podem ser totalmente descartados no futuro.

Dessa forma, sacerdotes que se recusem a celebrar uniões entre pessoas do sexo podem ser processados caso, no futuro, existam precedentes.

Entre a minoria teologicamente conservadora na denominação protestante em Vaud, o argumento para se oporem à mudança era que a medida representa um afastamento da compreensão bíblica do casamento.

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