“O Ocidente declara que perversões, como pedofilia, são parte do normal, destrói seus valores, conclama padres a abençoarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo”, disse ele. “O Estado não deveria interferir na vida privada, mas uma família é a união entre um homem e uma mulher”.

Se referindo ao Ocidente, o russo a degradação moral estaria virando um padrão. “Veja o que eles fazem com seu próprio povo: a destruição de famílias, de identidades culturais e nacionais, perversão e abuso infantil, até mesmo pedofilia, são declarados a norma”, declarou.

Jogo político

Não é a primeira vez que o presidente russo apela para o discurso moral, a fim de justificar as suas decisões contra a Ucrânia, país invadido em 24 de fevereiro de 2022 ao custo de ao menos 300 mil vidas perdidas até o momento, incluindo militares e civis, segundo a Exame.

Desde o início da guerra o mandatário e seus aliados vêm apresentando argumentos morais de uma suposta luta entre o bem e o mal (exemplo aqui).

Apesar da aparência conservadora, no entanto, é através das armas e da perseguição aos críticos que o ex-agente do serviço comunista soviético vem se sustentando no poder ao longo dos anos.

Para o líder russo, a guerra contra a Ucrânia seria nada mais do que uma reação de defesa. “Nós fizemos tudo possível, genuinamente tudo possível, para resolver esse problema (na Ucrânia) de maneira pacífica”, disse ele.

“Fomos pacientes, estávamos negociando pacificamente para sair deste difícil conflito, mas um cenário completamente diferente estava sendo preparado por trás de nossas costas”, completou Putin, segundo o G1.

O discurso do presidente russo durou cerca de duas horas e ocorreu um dia após a visita do presidente americano Joe Biden à capital ucraniana Kiev, quando mais um pacote de meio bilhão de dólares foi anunciado em prol da Ucrânia. Em sua fala, contudo, Putin não fez menção a esse registro.

.Creditos: Gospel +

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