Nesta sexta-feira, 18 de novembro, Kleber Lucas já participa da primeira reunião com a equipe de transição, de acordo com o G1. O cantor foi um dos poucos nomes do meio gospel que declarou voto no ex-presidente Lula.

A situação é icônica pois, dentre os que apoiaram a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, nomes como André Valadão e Davi Sacer terminaram, por diferentes motivos, censurados nas redes sociais.

Em situação completamente oposta, Kleber Lucas participou de uma entrevista no programa Conversa com Bial, da TV Globo, e agora recebe um cargo na equipe de transição do governo.

Um dos artistas gospel brasileiros mais premiados, o cantor de 54 anos ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Cristã, com o disco “Profeta da Esperança”, em 2013.

Desde que acentuou sua militância política, porém, fez acenos ao ecumenismo em um comercial de uma loja de varejo e na edição 2020 do Criança Esperança, assim como em 2017, quando participou de um ato com lideranças de outras religiões em um terreiro de candomblé.

Na entrevista ao Conversa com Bial na última semana, Kleber Lucas chegou a dizer que “o Brasil não é do Senhor Jesus, o Brasil é dos brasileiros”, declaração que foi muito mal recebida no meio evangélico.

No Instagram, a vereadora paulistana Sonaira Fernandes (Republicanos), membro da Assembleia de Deus, criticou a percepção do artista sobre a frase: “[Ele] parece ter esquecido a promessa de bênção do Salmo 33:12: ‘Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor’”.

“Há anos Kleber Lucas escolheu priorizar sua ideologia política em detrimento da fé que por muito tempo pregou, e agora finge não entender o significado da frase que inspira muitos evangélicos a interceder pela nação. Não se trata de projeto de poder, se trata de clamar a Deus por bênçãos que derramem graça sobre todo o país, Kleber. Volte ao primeiro amor, irmão”, acrescentou a vereadora.

Creditos: Gospel+

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