Dezembro 22, 2024
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Em outubro de 2020, o governo do então presidente Jair Messias Bolsonaro resolveu dar um passo importante na direção em defesa da vida, deixando claro para o mundo que o Brasil é um país de maioria conservadora e, portanto, contrário ao aborto. Essa postura, no entanto, acaba de ser revogada.

A cristã Isabel Vaughan Spruce, uma manifestante pró-vida que foi presa por orar silenciosamente nas ruas próximas a uma clínica de abortos, gravou um depoimento expondo o absurdo da violação das liberdades religiosa e de expressão.

“Ainda estou tentando entender o fato de que fui detida por pensamentos silenciosos acontecendo na privacidade da minha própria cabeça. Minha fé é uma parte central de quem eu sou, então às vezes eu ficava de pé ou andava perto de um centro de aborto e orava sobre esse assunto”, recapitulou.

O vídeo da prisão de Isabel circulou nas redes sociais no mundo todo, causando choque a quem se opõe à prática do aborto. A manifestante pró-vida desabafou sobre a falta de liberdade para orar em silêncio na Inglaterra.

“A polícia me perguntou o que estava fazendo uma tarde perto da clínica de aborto. Eu estava, claramente, parada ali, imóvel. Eu estava completamente em silêncio. Eu deixei os policiais saberem que eu poderia estar orando dentro da minha própria cabeça. Isso é tudo que eu estava fazendo: pensando, elevando meus pensamentos a Deus em oração silenciosa”, desabafou.

“Isso foi o suficiente para eles me prenderem e me levarem à delegacia. Antes de fazerem isso, eles me revistaram na calçada, revistando meus cabelos e confiscando os lenços do meu bolso. Quando fui levada à delegacia, fui interrogada sobre o que estava pensando. Mais tarde eles me informaram que agora sou acusada de quatro crimes por causa dos pensamentos que tenho tido, e onde os tenho pensado”, acrescentou Isabel.

O absurdo da situação é tamanho que, na ótica da manifestante pró-vida, até mesmo pessoas que não se importam com a vida dos bebês abortados conseguem enxergar a violência das medidas tomadas contra ela e da lei que embasa esse tipo de repressão ao movimento pró-vida:

“Você não precisa ser pró-vida para ver que isso está errado. Liberdade de pensamento, consciência e crença são os direitos mais fundamentais, e são uma parte essencial da nossa identidade humana […] Sou amiga de alguns, irmã para outros, voluntária de obras de caridade, cristã. Eu não sou uma criminosa, mas fui censurada”, encerrou.

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